quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Pensando um pouco...

Eu não quero apenas um momento, mas quero vários. Compartir momentos juntos, corpo colado ao meu, num ato sincero e juvenil, um pouco à moda antiga, um pouco romântico e um pouco cafajeste.

Vejo tudo diferente: não comparto sempre de mesmas idéias alheias, não fumo, não bebo em demasia, não imploro por amor, não me corrompo por atenção, nem sou vulgar.

Chamo a atenção quando me visto bem, e caio no esquecimento quando sou simples. Já há muita simplicidade no dia-a-dia, por que hão de contemplar algo já conhecido, caro leitor?

Já não rio das mesmas piadas e não olho os olhos meus como via antigamente. Parece que estou ficando velho, mas não me sinto mal por isso, nem quero aproveitar-me para parecer mais sábio, soberbo ou algo desse tipo. Eu gosto de ser maduro e olhar para trás para saber quando eu cresci. Cresci, creço e cada vez mais sinto que estou crecendo.

Algo me chama a atenção quando eu estou bem e não busco o olhar alheio; na verdade, é que estou preenchido por algo mais elevado que meus desejos carnais e quando assim me sinto, tenho vontade às vezes de calar-me e sentar-se numa praça arborizada, de preferência na grama rala, e encostar minha cabeça no chão. Isto me alivia, descarrega as tensões e me faz sentir mais preenchido por uma energia superior.

Quando caminho até meu apartamento, eu sinto vontade de caminhar de mãos dadas, mas não sei com quem.

O sexo feminino me atrai, o olhar sincero, a feminilidade, os laços e adornos com flores no cabelo, o brinco, o esmalte com detalhes desenhados sobre a unha. Aquele movimento de ida e vinda das mãos femininas em meu cabelo, de rosto colado, os cílios se movimento em minha bochecha, o ruido do movimento do corpo quando estou escutando sua respiração. É isso que eu gosto e admiro.