quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desde Ubatuba

Hoje eu estou postando de um outro lugar, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Sim, realmente me faz bem sair da rotina. Acordei cedo, as 06:30 da manhã, aos roncos do Leandro, meu amigo (de verdade) e me deu vontade de escrever.

Estive refletindo bastante sobre o que gosto. Gosto mesmo é de ver tudo novo, sem exageros e nada contra minhas vontades, afim de irrigar o cérebro de sangue.
O fato de andar nas praias de Ubatuba me leva um outro estágio, nada de anormal, mas permite reflitir e me lançar a uma visão macro das coisas. Deveras está me assustando, não com as pessoas, mas comigo mesmo. Pode ser uma espécie de crise existencial, mas nada grave.
Hoje não sinto nada. Estou neutro e zen. Facilita muito não exigir pensar muito, assim não me exijo muito de mim uma felicidade forjada. Sinto estar no caminho certo, mas preciso de focar mais em mim mesmo. Escutar as ondas da minha sintonia, chutar a areia molhada nas ondinhas da borda da praia, rir, dissertar poemas, apagar fotos feias, sentir o vento, molhar os pés com água salgada.

Vou lá tomar um cafézinho reforçado. Novamente. E vou pra praia.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A chuva e a calçada

Gostei de escutar a chuva de agora a pouco. Ai... deu pra esquecer um pouco da semana que passou voando.
Parece que cada vez que fico mais velhinho, sinto mais vontade de fazer mais e menos tolerante a bobagens que antes dava tanta bola. O que não deixo de fazer é falar bobagem. Isso ajuda irrigar o cérebro de sangue e faz os músculos do meu rosto mais ativos. Rir faz um bem danado, não é?
Bom, nem sempre tudo é risada, mas tampouco vamos deixar a vida ser um martírio ou culpar a outrem. Humm, mas me parece que esta semana estava diferente.
Teve uma série de protestos entre moradores da Villa Soldati que no fim das contas virou uma batalha campal. O motivo? Era um acerto de contas de vizinhos argentinos e estrangeiros, sendo a maioria bolivianos. Ainda bem que não moro perto daí e tampouco tem tantos brasileiros que vivem por essas bandas. O que me chamou a atenção é veio à tona uma série de discussões mediáticas e sociais a respeito do tema. De certo, eu faço a minha parte na Argentina e não encho o saco de ninguém, a não ser no trabalho.

Faz umas semanas que vejo todo dia um papelzinho colado num tronco frente a um edifício novo que diz assim: "Você cuida da sua casa como a calçada? Cate as necessidades do seu cachorro. Obrigado."

Aqui o porteiro lava a calçada todos os dias com água e sabão e às vezes com creolina. Costumes são costumes.

Já que a chuva já terminou, vou comprar pão e leite no mercadinho dos chineses que por sinal tem por todas as partes. Tchau e até o próximo post!